Lançamento do videoclipe Nossa Terra

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NOSSA TERRA Vivi Rocha & Tiê Alves Foto: Acervo da comunidade quilombola de Bananeiras - Ilha de Maré - Salvador (BA) “Cantar, dançar e viver a experiência mágica de suspender o céu é comum em muitas tradições. Suspender o céu é ampliar o nosso horizonte; não o horizonte prospectivo, mas um existencial. É[...]

11 de maio de 2021
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NOSSA TERRA
Vivi Rocha & Tiê Alves

 Foto: Acervo da comunidade quilombola de Bananeiras - Ilha de Maré - Salvador (BA)

Foto: Acervo da comunidade quilombola de Bananeiras – Ilha de Maré – Salvador (BA)

“Cantar, dançar e viver a experiência mágica de suspender o céu é comum em muitas tradições. Suspender o céu é ampliar o nosso horizonte; não o horizonte prospectivo, mas um existencial. É enriquecer as nossas subjetividades, que é a matéria que este tempo que nós vivemos quer consumir. Se existe uma ânsia por consumir a natureza, existe também uma por consumir subjetividades. Então vamos vivê-las com a liberdade que fomos capazes de inventar, não botar ela no mercado. Já que a natureza está sendo assaltada de uma maneira tão indefensável, vamos, pelo menos, ser capazes de manter nossas subjetividades, nossas visões, nossas poéticas sobre a existência”. É sobre essa premissa de Ailton Krenak no livro “Ideias para adiar o fim do mundo” que nasceu a canção Nossa Terra. A parceria de Vivi Rocha e Tiê Alves começou a partir da leitura deste livro por Tiê, que começou a canção e levou-a até Vivi. Também influenciada pelo livro de Krenak e pela leitura de “O oráculo da noite” de Sidarta Ribeiro, Vivi costurou com Tiê uma canção/hino de quem busca uma forte conexão com a terra e com os saberes ancestrais como uma resposta aos tantos colapsos que presenciamos no mundo atual.

A faixa conta com a participação de integrantes da comunidade quilombola de Bananeiras – Ilha de Maré, que vive da pesca e enfrenta sérias dificuldades com questões de demarcação de terra e poluição por conta da exploração petroleira.

Eles fazem coro e nos ajudam a lembrar que há coisas que nos pertencem que jamais estarão à venda.

 

Música e videoclipe gravados com a participação especial de integrantes da comunidade quilombola de Bananeiras (Ilha de Maré – Salvador – Bahia).

FICHA TÉCNICA:

Realização: Fenda Filmes
Direção e edição: Elisa Dassoler
Fotografia: Acervo da ONG FASE/ES (Ricardo Sá) & acervo da comunidade quilombola de Bananeiras (Ilha de Maré – Salvador – Bahia)

Música: Nossa terra – de Vivi Rocha & Tiê Alves
Músicos: Vivi Rocha (voz), Tiê Alves (voz e violão), Luciana Romanholi (baixo), Priscila Brigante (percussão), Bruno Menegati (Rabeca)

Participação especial – vozes: Ingred da Conceição Simões, Nailson Soares dos Santos, Mariana Lopes Santos, Mariane Lopes Santos, Regina Menezes Lopes, Clara Lopes Cabral, Marizelha Carlos Lopes, Valdemir do Nascimento Menezes.

Música gravada no estúdio Trampolim, em São Paulo, por Fábio Barros e Habacuque Lima.

Mixagem: Habacuque Lima
Masterização: Fábio Barros

 

LETRA: Nossa terra (Vivi Rocha & Tiê Alves)

Eles querem acabar com os sonhos
Querem nossas almas
Querem matar os povos todos

Nós queremos desvendar os sonhos
Queremos libertas as almas
Queremos estar todos vivos

Eles querem sufocar os homens
Querem controlar as chuvas
Querem que tenhamos medo

Nós queremos abraçar os homens
Queremos esperar as chuvas
Queremos ser corajosos

Eles não entendem
Eles só querem ter mais
Ganhar, multiplicar
Vender a própria paz

Nossa terra eles não comprarão
Nossos sonhos não se venderão
Nossas vidas não se apagarão
Nossos pés não se desgarrarão

Eles querem nos envenenar
Querem roubar a história
Querem que nos esqueçamos

Nós queremos o alimento puro
Queremos fazer nossa história
Queremos ter nossa memória

Eles querem nossa música
Querem nossa dança
Querem ser nossos donos

Nós queremos fazer música
Queremos dançar nossa dança
Queremos poder ser livres

Nós não entendemos
Como viver pra explorar
Vender, comprar, matar
Perder nosso próprio lar

Nossa terra eles não comprarão
Nossos sonhos não se venderão
Nossas vidas não se apagarão
Nossos pés não se desgarrarão
O que é nosso é do nosso irmão
Nossa vida é sempre em comunhão
Nossas mãos jamais se entregarão
Nossas almas todas viverão

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