Filme: Nem Um Poço a Mais
Maio de 2020

O curta apresenta relatos de pescadores, marisqueiros e comunidades quilombolas, indígenas e urbanas do Espírito Santo em relação aos impactos do petróleo e gás em seus territórios. O filme mostra exatamente um lado do uso do petróleo que passa invisível para nós da cidade.

Vereador Renato Cinco, em discurso no plenário da Câmara Municipal, declarou apoio a campanha ‘Nem um poço a mais”, que realizou ato nesta quinta-feira, na porta da ANP, contra a licitação de campos de petróleo marginais (que já estão com a produtividade reduzida). Discurso em 11/05/2017. http://www.renatocinco.com.br/

 O documentário “No Rio e no Mar”, dos diretores Jan Willem Den Bok e Floor Koomen, mostra a luta enfrentada pela comunidade pesqueira e quilombola de Ilha de Maré (BA) contra a Petrobras e outros grandes empreendimentos petroquímicos que ameaçam a pesca artesanal e o modo de vida dessas populações.

Lançado em 2016, o documentário recebeu menção honrosa na 18a edição do Festival de Cinema Movies that Matter, em março do mesmo ano. O festival, que acontece anualmente na cidade de Haia, na Holanda, tem como parceira na realização, a Anistia Internacional.

A Campanha Nem Um Poço A Mais esteve presente na tradicional Procissão Marítima de São Pedro na Ilha de Vitória, Espírito Santo. O barco trouxe alegorias de petroleiras poluidoras, ” empresários e capangas” empunhavam suas maletas e armas, do outro lado, pescadoras e pescadores, crianças e toda a natureza gritavam e cantavam _Nem Um Poço a Mais!

A história de Seu Curumba, no norte capixaba, denúncia a atuação da PETROBRAS e mostra qual lucro gera o petróleo. Mostra o impacto da extração de petróleo sobre pequenos agricultores no Brasil, a partir da experiência do “Seu Curumba”, um entre muitos.

Mística final realizada durante encontro de lançamento da Campanha ‘Nem um Poço a Mais”. O evento ocorreu em Vila Velha nos dias 26, 27 e 28 de junho de 2015. Foi chamado pelo programa da FASE no Espírito Santo, pelo Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP), pela Federação das Associações de Pescadores e Aquicultores do Espírito Santo, pela Associação Homens e Mulheres do Mar (Ahomar), pelo GT Petróleo da Rede Brasileira de Justiça Ambiental (RBJA) e pela Oilwatch.

Leila Salles do Fórum dos Atingidos pela Indústria do Petróleo e Petroquímica das Cercanias da Bahia de Guanabara – RJ no V Encontro Nacional da Rede Brasileira de Justiça Ambiental.

Ivone Yanes, do movimento Pró- Yasuni, do grupo Acción Ecológica e da Rede Oil Watch no V Encontro Nacional da Rede BRasileira de Justiça Ambiental.

Maria José do Conselho Pastoral dos Pescadores no V Encontro Nacional da Rede Brasileira de Justiça Ambiental.

Eliete Paraguassu do Movimento de Pescadoras e Pescadores, quilombola ,bahiana fala da resistência para manter a vida.

A baía de guanabara nos atrás, era sublime em beleza natural e peixes, agora devastada pela poluição: todo o lixo de dragagens, a rápida industrialização por empreendimentos petrolíferos que acentua os desastres e derramamentos de petróleo. Lixo, esgoto, metais pesados, manchas de óleo, a baía de guanabara, está morrendo. Poucos dias antes da cerimônia de abertura da Rio + 20, ainda é perigoso no Brasil pessoas defenderem e fazer a proteção do meio ambiente.Nos últimos quatro anos, 12 ativistas ambientais têm pago esse compromisso com suas próprias vidas. 

As portas do Rio, Alexandre Anderson é o presidente de “AHOMAR”, uma associação de pescadores na Baía de Guanabara, ele luta para preservar o espaço de pesca artesanal de milhares de famílias que tiram seu sustento nas águas do mar, que ainda existe para pescar. Alexandre diz: que ele não agrada industriais que colocam seus lucros à frente da preservação da natureza. Ele foi ameaçado de morte várias vezes e agora vive sob proteção policial 24 horas. Alexander vai nos levar ao encontro daqueles que ainda estão agindo antes que a baía de guanabara, se torne uma zona morta.

A Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, a convite da AHOMAR – Associação Homens do Mar da Baía de Guanabara, efetuou uma visita conjunta à Praia de Mauá, no município de Magé, para analisar os impactos sócio ambientais da indústria petroquímica na Baía de Guanabara.

O clima frio e o tempo nublado deixam a Praia de Mauá mais triste. A apreensão quanto ao destino da Associação dos Homens do Mar da Baía de Guanabara (Ahomar), pode ser percebida no ar. Desde 2009 os mortos na guerra desigual entre os pescadores e as milícias a serviço de grandes empresas já chegam a quatro. Em 2012 já foram dois. A mão cruel e pesada dos empresários está acabando com uma atividade .
Matéria completa:
http://goo.gl/KUEP6

Pelo rio Itabapoana, dizemos NÃO ao Porto Central!
Agosto de 2022

A construção do Porto Central vai destruir tudo ao seu redor, inclusive o rio Itabapoana, onde deverão ser construídas 2 termelétricas. A foz do rio está na área de influência direta do Porto Central, o que vale dizer que qualquer atividade estará proibida neste local, inclusive a pesca, que é hoje a principal fonte de renda de mais de 1.000 pescadores que utilizam diariamente aquele espaço. É hora de lançar a pergunta: Porto Central: para quê e para quem?

O Ibama é omisso!
Julho de 2022

De acordo com Carlos Belônia, presidente da Federação das Colônias e Associações de Pescadores do Estado do Espírito Santo (Fecope) e da Colônia de Pesca Z-14, em Presidente Kennedy, há descaso no processo de licenciamento do Porto Central com as famílias da pesca artesanal que vivem e/ou trabalham na região. Segundo ele, nem IBAMA nem a Prefeitura de Presidente Kennedy reconhecem a existência de todas as comunidades e famílias associadas à Colônia de Pesca, em total desrespeito ao seu modo de vida, direitos e territórios.

Em Presidente Kennedy as cercas do Porto Central já interditam o acesso aos alagados e aos modos de vida. A construção do píer criará zonas de exclusão da pesca no mar. O plano de compensação não compensará, e nem garantirá o futuro das próximas gerações. Um porto nunca vem sozinho! Com o Porto Central chegam os piers, dutos, ferrovias, caminhões, mais de 4 mil homens, violência, sobrecarga dos equipamentos públicos, inchaço populacional, trânsito intenso de caminhões, além de duas termelétricas no rio Itabapoana que impactarão diretamente a vida dos pescadores e pescadoras do rio e dos alagados, bem como o abastecimento de água da população do entorno.

Ato em Defesa do Santuário de Nossa Senhora das Neves
Julho de 2022

Além dos impactos sociais, ambientais e econômicos, o Porto Central pretende ilhar o Santuário de Nossa Senhora das Neves, em Presidente Kennedy. Construída entre os anos de 1707 a 1759 pelos Padres Jesuítas que chegaram na região no século XVII e tombada em 2009 como Patrimônio Histórico do Estado do Espírito Santo, a Igreja deveria ter garantida sua proteção e integridade. Mas ao invés disso, corre o risco de desaparecer na paisagem industrial do Porto Central! Denunciamos: com a construção do porto sofre a estrutura da Igreja, a cutura, os alagados do entorno, os sambaquis encontrados na região e os milhares de romeiros que visitam a região anualmente para louvar Nossa Senhora das Neves. #SaiPortoFicaaFé #nenhumportoamais

LITORAL SITIADO – CARAVANA DA CAMPANHA NEM UM POÇO A MAIS PELA BACIA DE CAMPOS
Julho de 2022

Estivemos em Caravana. Um giro no espaço, tomado pela exploração do pré-sal capixaba e norte fluminese. Um mergulho nos territórios de resistência em conflito com a indústria petroleira e sua infraestrutura. A Caravana partiu de Vitória, para em Presidente Kennedy, Campos, Macaé e Maricá, com destino ao Rio de Janeiro.

No mapa, a Caravana foi só uma rota. Em rota, A Caravana percorreu dois mapas. O mapa da Costa Atlântica. O mapa da Costa do Petróleo e Gás. No primeiro mapa, a Costa Atlântica repleta de praias e baías, enseadas e cabos, lagoas, restingas, manguezais, recifes. E gente, vida, povos e culturas. Comunidades de pesca artesanal, restingueiros, quilombolas, campesinato e agricultura familiar, assentamentos de reforma agrária, agroecologia, água, festivais de pescado, vida marinha, foz de rios, surf, trilhas de mata atlântica, ecologia, patrimônios históricos e culturais, fortes, igrejas, faróis, turismo. E as “pedras de praias”, que datam a separação dos continentes africano e sulamericano, na lenta formação do Atlântico Sul.

O segundo mapa, a Costa do Petróleo e do Gás, o Porto Central, o Porto do Açu, o Porto de Jaconé, plataformas, refinarias, termelétricas, dutos, terminais de óleo e gás, navios e helicópteros. Afinal, fora Maricá, que já faz parte da Bacia de Santos, a Caravana cruza toda a Bacia de Campos. Um vasto histórico de vazamentos, contaminação, violência urbana, expropriação de terras, concentração de renda, desigualdade social e injustiças ambientais. Por toda a região, as mesmas mentiras: “emprego”, “desenvolvimento”, “condicionantes”, “compensações”.

Por toda região, os mesmos crimes ambientais e violações de direitos humanos e da natureza. Qual é o teu mapa? Qual é a tua rota? – A Caravana da Campanha Nem Um Poço a Mais pela Bacia de Campos percorreu em maio de 2022 cidades do Espírito Santo e Rio de Janeiro conectando lutas e resistências de populações que vivem em territórios explorados pela indústria de petróleo. Gente que luta pela titulação dos Territórios Livres para a pesca artesanal e quilombolas, Reforma Agrária, Agroecologia, Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, Reflorestamento, Direitos Humanos e da Natureza, Bens Comuns, Bem Viver, Igualdade de Gênero, pela Vida! #nemumpoçoamais #nemumportoamais #maisvidamenospetroleo

Petróleo em Areal – Vídeo sobre o derramamento de petróleo em Areal, Linhares (ES)
Fevereiro de 2022

15 de fevereiro de 2022, um grande derramamento de petróleo bruto atinge os alagados da região de Areal, próximo a Regência, no município de Linhares, no norte do ES. Este petróleo é explorado pela empresa Imetame. Não é a primeira vez que desastres com poços terrestres de exploração de petróleo ocorrem na região, contaminando a água e o solo e colocando em risco a saúde de pessoas e animais.

DEVOLVAM NOSSAS TERRAS
Homenagem à Noêmia
Novembro de 2021
Um poema de Adriana Magalhães interpretado por Noêmia Magalhães, uma das atingidas pelo Porto de Açu, no Rio de Janeiro.

Encontro Porto Central: uma tragédia interestadual
Vídeo: É Mentira!
Outubro de 2021

Em 25 e 26 de outubro de 2021, mais de 120 pessoas das regiões norte, metropolitana e sul do ES, com colegas do norte do RJ, estiveram reunidos em Presidente Kennedy, na Praia de Marobá, no Encontro “Porto Central: uma tragédia interestadual”.

Povos e comunidades de pesca artesanal e quilombolas, trabalhadores rurais sem terra, camponeses, artesãs, agentes de pastorais, grupo de mulheres e mulheres negras, pesquisadores, professores, artistas, defensores/as de direitos humanos, ongs, ambientalistas e habitantes da região, se perguntavam: Porto Central: para que? para quem?

Durante os dois dias, também ouvimos e trocamos experiências com outras lutas locais de resistência contra Portos e empreendimentos portuários já instalados em regiões como Aracruz, Macaé e São João da Barra no Rio de Janeiro (neste último local o Porto de Açu está a apenas 70km de Presidente Kennedy). Em todas estas situações, e outras citadas, como o Complexo Portuário de Suape (PE), o Pecém (CE), as empresas se repetiam e também repetiam seus modos de operação: chegaram de forma violenta, desapropriando e expulsando famílias locais, interrompendo o acesso do/as pescadore/as a seus territórios de pesca, destruindo as formas de trabalho e a economia local, gerando gravidez precoce nas meninas do local, prometendo e não cumprindo empregos para a população local, contaminando a região, exacerbando o racismo ambiental.

Através de mensagens virtuais, organizações da sociedade civil da Holanda (desde onde os investimentos partiram, mas não se sabe se mantêm) e parceiros de Oilwatch Latinoamerica (Bolívia, Colômbia e Argentina) saudaram as organizações reunidas em Kennedy, alertando de casos semelhantes de impactos e resistências nos territórios submetidos à extração de combustíveis fósseis. Mobilizado no âmbito da Campanha “Nem um poço a mais!”, o encontro é resultado de um longo diálogo entre as organizações da sociedade civil, cujas garantias e salvaguardas não foram respeitadas pelos órgãos licenciadores, nem pelas empresas envolvidas e investidores do Porto Central. #nemumportoamais #nemumpoçoamais #petróleo #contaminação