5a Semana Sem Petróleo
NOVEMBRO 2021
A 5ª Semana Sem Petróleo está chegando!
Neste ano, o evento ocorrerá entre os dias 4 e 25 de novembro com atividades presenciais e virtuais, em um formato híbrido. A articulação da Campanha Nem Um Poço a Mais, propõe pensar a indústria petroleira desde a produção, e passando pelo consumo e as consequências da petrodependência.
Convidamos uma reflexão coletiva para identificar usos abusivos e desnecessários do petróleo, construir caminhos de transição, e possibilidades de redução gradual do seu uso em nosso cotidiano
A dependência do petróleo opera como vício, e somos uma sociedade totalmente viciada! O desafio de passar uma inteira semana sem petróleo ainda não é fácil, mas alguns questionamentos ajudam a endereçar soluções:
– É possível despetrolizar o cotidiano?
– Nossa petrodependência gera consequências em quais territórios?
– Quais saídas estão sendo mostrados pessoas e comunidades?
– Quais caminhos podemos percorrer?
Acompanhe pelas redes da Campanha Nem Um Poço a Mais a divulgação das atividades e em breve a programação dos debates!
Vamos juntos buscar soluções! Porque para que sigamos consumindo nesses níveis absurdos, é necessário seguir criando SUPER PORTOS como o previsto para Presidente Kennedy!
Você sabe o que isso significa? #olheparaomardemarobá #nemumportoamais #naoaoportocentraldekennedy #nemumpoçoamais #semanasempetroleo2021
Não há contradição entre a economia verde e a economia petroleira. Ao conrário, há sim uma relação viciada de simbiose e de complementaridade. Afinal, na falsa métrica de equivalência entre moléculas, quanto mais petróleo na atmosfera, tanto mais Carbono a ser negociado pelas empresas da economia verde: celulose, siderurgia e suas monoculturas de eucalipto, hidrelétricas, eólicas, agrocombustíveis, biomassa, geoengenharia e todas essas falsas soluções da economia verde, disfarçadas como Carbono Neutro.
Não por acaso, a indústria petroleira e empresas como a Shell, a Chevron, ExonMobile, Total, Equinor, Petrobras etc seguem como importantes atores globais da falsa transição energética que negociam em Glasgow, na 26a. COP do Clima.
Em um transitar que nada transforma de fundamental, a economia verde permite que a indústria petroleira siga se expandindo, violando duplamente os direitos de povos tradicionais, os direitos humanos e direitos da natureza.
Por um lado, a inústria petroleira expropria e contamina os territórios, submetidos à condição de zonas de sacrifício da extração, do transporte, armazenamento e do refino do petróleo. Por outro, coloniza os territórios mentais, submetendo a vida social a níveis cada vez maiores de petrodependência.
A petrodependência opera, então, como vício. E não apenas quando relacionada aos combustíveis fósseis, que seguem abastecendo navios, aviões, tratores, termoeletricas e a civilização urbano-industrial do automóvel e do asfalto. A petrodependência também também segue como epidemia social, na contaminação dos alimentos, das terras e águas, por fertilizantes químicos. No lixo plástico que polui os oceanos e rios e periferias urbanas. Nos cosméticos petroleiros que contaminam os corpos. Nas tintas e lubrificantes.
Contra a colonização dos territórios mentais, a V Semana sem Petróleo mais uma vez convida a sociedade capixaba e brasileira para refletir sobre a petrodependência social e sua relação direta com a subordinação e contaminação dos territórios submetidos à indústria petroleira. Contra a petrodependência, a Semana sem Petroleo promove experiências, saberes e tecnologias, aponta caminhos para transições reais. Transições para novos e velhos modos de vida e relação com a natureza. Despetrolize-se, venha para a V Semana sem Petróleo.