Somos mulheres, homens, LGBTQIAP+, anciões, jovens, crianças,
Somos pretos/as, não brancos/as, brancos/as,
Somos pescadores/as artesanais, quilombolas, agricultores/as familiares, ecologistas, religiosos, pesquisadores, professores, jornalistas, artistas, trabalhadores/as, ativistas, defensores/as de direitos humanos e da natureza, conselheiros,
Somos povos das águas, das florestas, do campo e das cidades,
Somos organizações, coletivos, movimentos sociais, pastorais, grupos, associações, colônias,
Somos de territórios em conflito com diferentes empresas e origens das várias etapas da cadeia de petróleo e gás no ES, RJ, SP, BA, SE, PE, CE, MA, PA, RS,
Somos articulados com outros países do sul global na rede Oilwatchs,
Somos indignados e intransigentes em relação ao desastre do sistema capitalista petroleiro.
Desde 2014,
Nos propomos a construir a crítica à petrodependência, a articular a resistência à expansão petroleira, a pensar a civilização pós petroleira, a trocar experimentos locais,
Nos mobilizamos, denunciamos, pesquisamos, produzimos materiais, realizamos intercâmbios, encontros, exibição de filmes, debates, incidimos em políticas públicas,
Nos protegemos e cuidamos uns dos outros em redes populares diante de tanta repressão e violência das empesas e do Estado,
Porque sabemos que extrair até a última gota de petróleo, significa uma perspectiva de vida humana mais curta no nosso planeta,
Porque estamos amargando as consequências, desiguais, de uma exploração ilimitada que beneficia economicamente alguns e prejudica a todos,
Porque não há compensação para tanta destruição,
Porque questionamos as distrações e farsas que corporações e Estado estão nos propondo/impondo para solucionar a crise climática, sem justiça socioambiental e transformação do sistema,
Porque entendemos que financeirizar a natureza ou esverdear a economia não fará a transição para uma transformação profunda e necessária do sistema,
Porque problematizamos a demanda crescente de energia. Para quê? Para quem?
Porque respeitamos a vida, defendemos os territórios tradicionais, lutamos pelas águas, florestas e alimentos como bem comuns, praticamos a agroecologia, experimentamos tecnologias mais saudáveis, valorizamos o/as trabalhadore/as,
Porque sabemos há gerações que é possível viver, e bem, sem tanto consumo e produção de mercadorias e que desejamos horizontes vastos para as futuras gerações.