Campanha Nem Um Poço a Mais
Boletim #4 – Novembro 2021
Economia verde, economia petroleira epetrodependência
Não há contradição entre a economia verde e a economia petroleira. Ao contrário, há uma relação viciada de simbiose e tóxica complementaridade.
Afinal, na falsa métrica de equivalência entre moléculas, quanto mais petróleo na atmosfera, tanto mais Carbono a ser negociado pelas empresas da economia verde: celulose, siderurgia e suas eucalipto plantations, hidrelétricas, eólicas, agrocombustíveis, biomassa, geoengenharia e todas essas falsas soluções da economia verde, disfarçadas como Carbono Neutro.
Não por acaso, a indústria petroleira e empresas como a Shell, a Chevron, ExxonMobil, Total, Equinor, Petrobras etc seguem como importantes atores globais da falsa transição energética que negociam em Glasgow, na vigésima sexta COP do Clima (COP26).
As mesmas que, na América Latina, devastam o Atlântico Sul, no Brasil, na bacia doRio Amazonas, no Nordeste, na região do pré-sal, em Mar del Plata, na Argentina, naAmazônia equatoriana e boliviana, na Costa Norte do Pacífico Peruano, o Caribe.
Em um transitar que nada transforma de fundamental, a economia verde se amplia na equivalente expansão da indústria petroleira, violando duplamente os direitos das comunidades tradicionais, os direitos humanos e direitos da natureza.
Por um lado, a indústria petroleira expropria e contamina os territórios naturais, submetidos à condição de zonas de sacrifício da extração, do transporte, armazenamento e do refino do petróleo. Por outro, coloniza os territórios mentais, submetendo a vida social a níveis cada vez maiores de petrodependência.
A petrodependência opera, então, como vício. E não apenas quando relacionada aos combustíveis fósseis, que seguem movendo navios, aviões, tratores, termelétricas e a civilização urbano-industrial do automóvel e do asfalto. A petrodependência também segue como epidemia social, na contaminação dos alimentos, das terras e águas, por fertilizantes químicos. No lixo plástico que poluios oceanos e rios e periferias urbanas. Nos cosméticos petroleiros que contaminamos corpos. Nas tintas e lubrificantes.
Concentrando-se na falsa equivalência entre moléculas de CO2, os Estados e as corporações globais que fazem negócios na COP 26 se desviam da responsabilidadehistórica e postergam as reais ações de enfrentamento da crise climática e
A 26ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26) vem aí, e junto à rede Oilwatch na América Latina temos algo a dizer: “O debate do clima não é sobre moléculas de carbono: É urgente deixar as energias fósseis enterradas para sempre!”
Confira uma rápida introdução ao tema da crise ambiental e climática e a razão pela qual falar apenas sobre emissões de carbono é problemático.
Não há contradição entre a economia verde e a economia […]
Quase 200 ações existentes em cinco capitais do Brasil já foram registradas na iniciativa promovida pelo coletivo Cicli e a Coalização Clima e Mobilidade Ativa. Saiba mais sobre os primeiros resultados deste projeto para identificar e conectar medidas que contribuem para construção de cidades mais resilientes.
Em Pernambuco, construção de complexo portuário vem causando diversos impactos sociais e ambientais
Em 25 e 26 de outubro de 2021, mais de 120 pessoas das regiões norte, metropolitana e sul do ES, com colegas do norte do RJ, estivemos reunidos em Presidente Kennedy, na Praia de Marobá, no Encontro “Porto Central: uma tragédia interestadual”. Povos e comunidades de pesca artesanal e quilombolas, trabalhadores rurais sem terra, camponeses, artesãs, agentes de pastorais, grupo de mulheres e mulheres negras, pesquisadores, professores, artistas, defensore/as de direitos humanos, ongs, ambientalistas e habitantes da região, se perguntavam: Porto Central: para que? para quem?...
Noêmia Magalhães, uma das atingidas pelo Porto de Açu (RJ) esteve no encontro realizado para debater a construção do Porto Central em Presidente Kennedy, no Sul do Espírito Santo, e trouxe mensagens de resistência para a população local.
A Agroecologia como resistência no campo e na cidade é o tema do nosso quarto episódio do podcast Pílula Para Transição Energética. Nesse episódio vamos conversar com João Batista, quilombola do território do Sapê do Norte, que nos traz a abordagem da agroecologia em territórios dos povos tradicionais como ferramenta para garantir a agrobiodiversidade e permanência desses povos. Fazendo a relação campo-cidade, convidamos Lucas Sangi, polinizador da Rede Urbana Capixaba de Agroecologia, para nos contar como a agroecologia está presente nos meios urbanos, e como pensar a construção de uma cidade através dos fundamentos da agroecologia.
No dia 04/11/2021, a AHOMAR fez novo requerimento onde solicita a análise de seu requerimento
No dia 7 de outubro, aconteceu a 17ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo,
Membro da delegação quilombola na COP26, Katia Penha alerta: as negociações devem considerar as pessoas e a biodiversidade.
Realizado a partir do dia 4 de novembro, o evento segue até o próximo dia 25 com atividades presenciais e virtuais,
Assista à intervenção artística Circo da Roça na Estrada sem petróleo com Thiago Araújo. Uma ação cômica em cenas curtas
Adeus Poesia é uma performance cenopoética com Willian Rodrigues (Circo Teatro Capixaba),
O longa-metragem, A História do Plástico (The Story of Plastic), é uma exposição marcante que revela a horrível verdade