Carta do VIII Seminário da Campanha Nem Um Poço a Mais

Em nome do desenvolvimento e do progresso, do emprego e do crescimento econômico acelerado, a indústria petroleira devasta Sergipe. Em terra e no mar, as empresas e o governo, em conluio de classe, expropriam territórios tradicionais, contaminam a natureza e agravam a crise climática. Na lógica do racismo ambiental, o governador Fábio Mitidieri considera as comunidades tradicionais um atraso para a economia, enquanto anuncia novos investimentos de R$ 110 bilhões na indústria petroleira. Sem cuidado e sem previsão de futuro, repete o trágico passado: onde está o desenvolvimento sustentável em Carmópolis? 3.000 mil poços, 17 estações de tratamento de óleo, uma estação de gás, 350 quilômetros de gasodutos e oleodutos? Onde, o progresso em Aracaju, com suas 27 plataformas desativadas, latas-velhas ainda ali, poluindo o horizonte da praia de Atalaia, onde somem turistas, em seus buracos de areia rasa. Justo ali, onde a Petrobras fez seus primeiros experimentos offshore, no final dos 60, muito antes da exploração do Pré-sal.

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