Carta de Repúdio ao Leilão Permanente da ANP – Agência Nacional do Petróleo

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ASSINAR A CARTA! Carta de repúdio ao leilão permanente da ANP - Agência Nacional do Petróleo   Carta de repúdio ao leilão permanente da ANP - Agência Nacional do Petróleo Vimos aqui manifestar nosso repúdio à venda de 466 blocos de petróleo e gás nas bacias terrestres do Espírito Santo, Potiguar, Recôncavo, Sergipe-Alagoas, Amazonas, Paraná,[...]

4 de dezembro de 2020
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Carta de repúdio ao leilão permanente da ANP – Agência Nacional do Petróleo

 

Vimos aqui manifestar nosso repúdio à venda de 466 blocos de petróleo e gás nas bacias terrestres do Espírito Santo, Potiguar, Recôncavo, Sergipe-Alagoas, Amazonas, Paraná, Parnaíba e Tucano, além de 242 blocos nas bacias marítimas de Campos, Santos, Sergipe-Alagoas, Ceará e Potiguar na sessão pública de Oferta Permanente da Agência Nacional de Petróleo (ANP) no dia 4 de dezembro de 2020 no Hotel Sheraton no Rio de Janeiro. 

 

62 empresas que vão desde as petroleiras globais como Exxonmobil, Shell, Repsol, Equinor, Chevron e Petrobras, até empresas menores como as capixabas Imetame, EnP e Vipetro disputam os lotes, violando direitos dos povos e da natureza nessa desenfreada corrida pela exploração tanto em terra quanto em mar.

 

Este 2° Ciclo de Oferta Permanente acontece contrariando os princípios da transparência e em momento de pandemia do Covid-19, dificultando a mobilização social que se contrapõe à expansão das fronteiras petrolíferas do país e pede por reparações aos inúmeros impactos gerados pelo setor petroleiro em diferentes territórios. Sem ampla e clara divulgação, sem consulta livre prévia e informada às comunidades tradicionais das áreas ofertadas e sem coerência com a emergência climática, o governo federal viola novamente direitos destes povos, a democracia e o respeito à vida das atuais e futuras gerações.

 

Diante do mais alto, constante e previsível risco, a expansão petroleira opera sem nenhum cuidado com a vida. Por onde prospera, é seletivamente criminosa, contra mulheres e jovens, negras e indígenas, pescadores, marisqueiras, ribeirinhos, caiçaras, quilombolas, camponeses, sem terras e sem tetos. Contra trabalhadores do próprio complexo, que exigem transição justa. A expansão petroleira é criminosa, contra corais, rios, montanhas, praias, mares, florestas, lagoas, bairros e cidades. Sem planos de contingência e sem aprender com os inúmeros acidentes e vazamentos já ocorridos, a expansão petroleira espelha uma civilização suicida. Segue incentivando explosões sísmicas, perfurações, injeções de substâncias tóxicas que contaminam os lençóis freáticos, mares e solos para a exploração de petróleo e gás, se sobrepondo a vida e ignorando compromissos internacionais brasileiros com a redução das emissões de gases de efeito estufa e proteção da biodiversidade. Precisa ser barrada! 

 

Em tempos de pandemia urge o grito pelo fim da civilização petroleira, socialmente injusta e genocida, ambientalmente irresponsável e economicamente inviável! O desenvolvimento capitalista, e seus modos de vida e produção petrodependentes, não garantem nenhuma proteção frente às pandemias, que serão cada vez mais frequentes, com novas viroses como o coronavírus, a gripe aviária e suína, e ainda novas bactérias e vírus que estão congeladas no subsolo da Terra há centenas de milhões de anos e que poderiam se libertar com o desgelo devido ao aquecimento global.

 

Por todos estes motivos, repudiamos e exigimos o cancelamento deste 2° Ciclo de Oferta Permanente!

 

 

4 de dezembro de 2020

Campanha Nem um Poço a Mais

 

 

1 Silvia Neves Salazar
2 Valdecir Moreira da Cunha
3 Sara Cristina dos Santos Cougo
4 Marcelo Gomes Paixão
5 Sebastião Fernandes Raulino
6 Bruno Nazareth de Melo
7 Steban Nandolff
8 Maria Grazia Ceriani
9 Rosely B.Basso
10 Gisele de Campos Ferreira
11 Wanderlei Dornelles de Jesus
12 Rogerio Azevedo
13 Daniela Meirelles
14 FASE/ES
15 Movimento Tapajós Vivo
16 International Rivers
17 Vanda Aparecida dos Santos Cáceres_MT
18 COMITÊ POPULAR DO RIO PARAGUAI/PANTANAL
19 João Paulo Angeli – Educador Popular Socioambiental
20 Conselho Nacional do Laicato do Brasil – Regional Sul 2
21 Instituto PACS
22 Júlio César Nóbrega Gadelha
23 Comitê de Energia Renovável do Semiárido-CERSA
24 Ivo Poletto
25 Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental -FMCJS
26 Wanessa Afonso de Andrade
27 Teia de Povos e Comunidades Tradicionais do MA
29 Centro Burnier de Cuiabá-MT
30 INSTITUTO MADEIRA VIVO-IMV
31 Marcos Eduardo
32 Flávia Bernardes
33 CARLA DE CARVALHO
34 Mariana Brambilla Basso
35 Marcelo Biassusi
36 Elaine Calux
37 Vivi Tuppy
38 Aristides Moysés
39 mariete maciel
40 Julio Cezar Moreira Tavares
41 Nelma Melo da Silva
42 Elisabete
43 Maria Cristina Sampaio Lopes
44 Rosana machado
45 Thereza Ana Slonski
46 Instituto de Desenvolvimento Sustentável Baiano – IDSB
47 Nívea Maria Gurzynski
48 Maura Regina Figueiredo Tavares Araújo
49 Marcos Arruda – PACS e Ágora dxs Habitantes da Terra-Brasil
50 Miriam Monteiro
51 Mauricio Cruvinel de Oliveira
52 Marilia Brambilla
54 Pedro José Bussinger
56 Maria Aparecida de Mello Gurgel
58 Magali Beatriz Saueressig Fleck
59 Mercy Maria dos Santos Soares
60 Antônio Marcos Becker
61
Julio Holanda – Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Social (Núcleo RJ)
62 Joseilda Araujo
63 Nina Rosa
64 Emanuela Felix da Cruz
65 APAPS Associação dos pescadores artesanais de Porto de Santana e adjacências
66 Neia Vieira
67 Elisa Dassoler
68 Fabíola Melca

 

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